Sempre falamos de ano novo no Ano Novo. Fazemos planos e promessas. Olhamos para a frente.
Pode parecer retrocesso falar do Ano Velho, porém tem mais futuro nisso do que se possa pensar. Reparemos como o antigo aponta para o futuro.
Gosto muito, adoro mesmo, ao terminar o meu ano, rever o que vivi e fiz dele.
É uma prova de fogo, ou melhor dizendo, uma prova de realidade, uma verificação se você está ou não vivendo a sua vida ou está meio que vegetando, “zumbizando”.
Essa é a hora da verdade do que temos feito de nosso tempo, nosso dinheiro, nossas emoções. E, acima de tudo, o que temos usufruído de nossa possibilidade de vivermos bem e prazerosamente. Dá para disfarçar? O que queremos mesmo é ser felizes. Quem gosta de sofrer está doente.
Passamos um ano olhando para o outro e para nós mesmos procurando e censurando os defeitos encontrados na varredura “antifalhas”? Tentando melhorar tudo com a Teoria do Reformador do Mundo, que era um cara que achava que o mundo estava todo errado e sugeria, ao longo de sua passagem pelo caminho, todo tipo de mudanças. Por exemplo: que a jaboticabeira deveria produzir melancias.
Então, que tal nos juntarmos a ele para consertar o mundo? Só com palavras, vejam bem, porque mão na massa para mudar alguma coisa o Crítico do Mundo não põe de jeito nenhum. Ou vamos viver da melhor forma que nossas circunstancias nos permitirem?
Podemos não ter as condições perfeitas: “Ah! Eu queria tanto morar em Nova York!”. É, não mora lá, mas pode criar um mundinho delicioso para o seu cotidiano e curtir para caramba a “sua” NY inventada. Ou então, pelo amor de Deus, faça alguma coisa pra ir prá lá, porque se você morrer tentando, morrerá feliz com você mesmo por estar a caminho do que tanto quer.
Você pode pensar: “Aí já é demais, falar que podemos criar um lugar nosso, confortável, sei lá … algo de prazeroso aonde quer que estejamos”.
É isso. Aproveite o que as circunstancias lhe dão no momento. Veja o que você tem e pare de escarafunchar o que não tem. NY não tem o nosso céu tão azul, nem o ar deliciosamente fresco de nosso Planalto Central. Não tem a nossa luminosidade, nossos amigos etc, etc. Nossa, até parece que a gente é expert em fugir da felicidade, em não enxergarmos o bom, mas somente o ruim! Será que estamos acometidos da Sindrome do Reformador do Mundo?
Olhe para trás, reveja o seu Ano Velho e não se iluda, o seu Ano Novo provavelmente vai ser parecidíssimo com ele. É aí que o futuro está no passado.
Não viva de promessas, viva de seus feitos.
Para 2013 desejo a todos os meus leitores um Feliz Ano Velho!
Adorei! Como os teóricos são enfadonhos,… principalmente quando se fala e não faz … Gosto muito dos Mão Na Massa!
Para muita gente é mais fácil mudar o mundo, porque é quase impossível, mas quando se fala em mudar o seu próprio mundo… o bicho pega, porque é muito possível!