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2014 é o Ano do Canguru

Vocês já leram o horóscopo chinês?

 

Tem muitos bichos nele, mas não tem canguru não. Este do qual falamos é brasileiro e precisamos conhecê-lo melhor.

 

A história começa assim: era uma vez um grupo de Cangurus que numa belíssima manhã de domingo, com muito sol e vento fresco, com muito verde e água ao redor, reuniu-se debaixo de frondosa árvore no Parque Flamboyant.

 

Eram Cangurus de uma raça pouco conhecida: os Cangurus-gente.

 

Os Cangurus-gente se reuniram para passear com suas bolsas de carregar bebês. E eles “cangurusavam” bebês e bonecas, portavam balões amarelos e lilases. Cantando passavam por famílias e crianças que brincavam no parque, espalhando a informação de que o bebê humano precisa do corpo da mãe, pele a pele, no começo de sua frágil vidinha.

 

Esses Cangurus-gente eram, na verdade, médicos, fisioterapeutas, doulas, psicólogos e pessoal administrativo do Hospital Maternidade Dona Iris (HMDI), além de analistas do Grupo de Psicanálise do Século 21 (GPS21) e muitos e doces simpatizantes da causa Canguru. Todos eles participaram no último domingo, dia 22, do Passeio Canguru, uma iniciativa – de muitas que virão – para divulgar esta bela causa.

 

No HMDI o Método Canguru é competente e amorosamente utilizado na UTI neonatal pela Dra. Maria Bárbara e sua equipe. E eu, como pesquisadora, cheguei, pude conferir e sair de lá com orgulho de ter em minha cidade uma unidade hospitalar de tal qualidade.

 

Este ano quero abrir uma luta nesta coluna contra o desperdício de riquezas humanas. Começo agora, no raiar de 2014: não dar o seu corpo, o contato direto de sua pele (pano não, pele sim!) a seu filho recém-nascido é desperdiçar calor, segurança, embalo acalentador e o alimento de sua presença e de sua voz, que ele conhece tão bem.

 

Poder ouvir as batidas do seu coração dá a ele a certeza de que ainda está num mundo conhecido: o universo do corpo materno é a única coisa que o bebê conhece até nascer.

 

O corpo materno é todo o universo que existe para o bebê. Toda a sua referência de segurança,  o único lugar onde ele consegue se situar.

 

Se ele não for colocado pele a pele, como numa bolsa canguru, será um descomunal desperdício de segurança emocional, saúde física e desenvolvimento motor.

 

Dê muuuuiiito mais segurança a seu filho, segurando-o colado em seu corpo. Nutrindo-o com os movimentos do mundo ao redor dele.

 

Mundo que logo logo ele vai alcançar pela ponte construída pela extero-gestação, que é a gestação da pele – um complemento necessário nos humanos que nascem prematuros aos nove meses de idade. Surpreso? Pergunte a um médico, vá ao Google e confira: o bebê humano, nascendo aos 9 meses de idade, ainda tem vários quesitos nos quais ele é considerado prematuro. e por isso a extero-gestação é preciosa.

 

Pense no que um abraço amigo e afetuoso lhe proporciona. O abraço canguru com certeza dá muito mais ao recém-nascido, sendo ele tão desamparado. O corpo ampara, sabemos disso.

 

Por isso o meu convite para que 2014 seja o Ano do Canguru, o ano em que muitas mães tenham acesso a essa singela e bombástica informação. Seja você um propagador. Busque se informar melhor pelo nosso site  www.bebecanguru.com  e se quiser enviar uma mensagem escreva para  contato@bebecanguru.com.

 

Que em 2014, com o poder que cada um de nós tem na ponta de nossos dedos, os Cangurus-gente, homens e mulheres que carregam seus filhos, netos, sobrinhos e filhos dos amigos no peito, se multipliquem no planeta.

 

Que em 2014 nós nos multipliquemos como gremlins, gremlins-cangurus (uma graça né!?), que sorvendo da fonte do amor ao humano nos tornemos milhões a infestar o planeta desse cuidado carinhoso tão necessário ao bebê humano.

 

Mãos à obra! Todo mundo contra o desperdício de tudo que o bebê tanto precisa e que está sendo jogado fora.

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