Luciene Godoy
Pergunta desnecessária. Todo mundo vai dizer não, claro que amor não faz mal. Quanto mais, melhor.
Tenho até um amigo que diz: “canja de galinha e amor não fazem mal a ninguém”.
É difícil contestar.
Mas, vá lá, eu contesto.
O maior mal que podemos fazer a alguém é amá-lo sem limites. É dar sem que ele conquiste. É não exigir, não pedir provas, não desaprovar para que o outro se supere. Ele se dará por satisfeito com o nada que faz e mesmo assim te conquista.
Quer mal maior do que este?
É, mas ainda tem mais.
Ele não tem razões para crescer, mudar, melhorar porque já é amado do jeito que é. Não tem necessidade de vir a ser. Ficará um ser humano pobre e medíocre. E, infelizmente, muito, muito freqüentemente mesmo, será um fracassado.
Bem, mas afinal de contas quem é essa pessoa, esse santo/a que ama tanto assim, a ponto de não ver ou levar em conta as faltas do outro? Quem é esse cego?
É, com certeza, um apaixonado. Pode ser namorado, noiva, amigo, marido, mulher, pai, mãe. Pouco importa, será sempre um apaixonado – leia-se: alguém que projeta sua própria imagem no outro e por isso “ama-o” loucamente (como um louco mesmo!).
Isso acontece muito entre um pai ou uma mãe com o seu filho “preferido”. Que não existe, porque, todo mundo sabe, o pai e a mãe amam a todos os filhos igualmente.
Coitados dos filhos “prediletos”! Não passam de meros reflexos narcísicos dos pais. Coitados porque tem o seu ser saqueado, roubado pelo olhar de um outro que insiste em ver perfeição aonde não existe e não permite a construção de nada que contrarie a sua projeção.
Reflexo narcísico, explicando melhor, não é somente uma semelhança física ou emocional. É qualquer coisa que ao fazer o filho, a imagem de seu investidor – pai e/ou mãe – ficaria intoleravelmente afetada.
Por exemplo, aquele pai cujo filho de vinte e poucos anos bate o carro pela enésima vez e o pai, como se outra escolha não tivesse, compra-lhe um outro.
Ou a mãe que, todos sabem, se preocupa, cuida, protege o seu “queridinho” sem que se possa disfarçar. Aliás, o “inho” de queridinho vem bem a calhar porque, muito freqüentemente, o diminutivo é muito usado nessas circunstancias. São os Julinhos, os Marquinhos, as Aninhas e infinitos outros “inhos” que estão impedidos de crescerem e virarem homens e mulheres.
É … parece que tem muita coisa que chamamos de amor mas, que simplesmente não é! Pode ser projeção, por exemplo, e nesse caso faz muito mal.
Quer pior ou vai se contentar com essas razões?
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Artigo originalmente publicado no jornal O Popular em 21 de julho de 2011.
Nossa que ridículo, parei de ler na metade. Você não tem noção do que é Amor minha querida. Pare de escrever sobre o que não sabe. Sua visão sobre o amor é totalmente mundana, utilitária. Disso já estamos cheios. Medite mais.
Que comentário mais idiota, ô Sr.(a). Shun. Era melhor não tê-lo feito, quem não sabe nada de amor, é você! Você é ridículo! Aff.