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Feliz dia do homem

Você já deve ter ouvido alguém dizer: “Se a gente comemora o Dia da Criança  e o Dia da Mulher, por que não se comemora o Dia dos Homens?”

Existe quem diga, meio na brincadeira, que as mulheres e as crianças são graciosas e que os homens são desajeitados para esse tipo de coisa. Mas não se esqueçam: tem o Dia dos Pais. “Ah, mas aí não vale! Tem o Dia das Mães também.”

Por que se valoriza a mulher como mulher e não o homem como homem?

Afinal por que não se comemora o dia dos homens? Leitores, me respondam, por favor. Enquanto espero as respostas, vou aproveitar o momento para valorizar e reconhecer uma minoria em ascensão.

Parabéns aos homens que nesse Dia da Mulher estão conseguindo crescer e viver uma vida de trocas com ela.

Parabéns aos homens que, apesar do desconhecido e do medo de errar se movem e abrem novos caminhos para responder às mudanças na forma de se posicionar em relação ao outro sexo.

Parabéns aos homens que estão conseguindo se sentir homens não se medindo com a sua mulher. Não sendo o avesso vitorioso de um sexo frágil, pedinte e dependente dele – mesmo que seja uma mascarada, um fingimento feminino para que o homem se sinta másculo e poderoso.

Parabéns aos homens que se alegram genuinamente com o sucesso de sua mulher porque o sucesso dela não significa a derrota dele, a grandeza dela não é a pequenez dele, a alegria dela não produz a tristeza dele.

Parabéns ao homem flexível, que consegue trocar de lugar com sua amada, numa gangorra deveras amorosa, criativa e divertida, na qual, conforme cada momento, aquele que estiver na melhor posição pega o leme, toma a frente, faz acontecer. O outro fica de coadjuvante voltando, num balé respeitoso, a ocupar o papel do ator principal dependendo da cena da qual se trata.

Estamos falando de papéis, que são lugares que frequentamos na vida e não o que somos e ponto final. A única coisa que somos e ponto final é “seres para a morte”. Isso não tem jeito de ser diferente.  Quanto ao resto, podemos ser e não ser dependendo das circunstâncias.

Alguns podem retrucar que homem que é homem tem que dar conta do recado. Concordo e acrescento: adulto que é adulto tem que dar conta do recado. Que recado? O de viver bem sua própria vida. Só que, alôô!, isso no mundo de hoje é exigência para os dois gêneros. O dar conta do recado de um homem não é necessariamente mais pesado que o da mulher. Um dia desses um analisante de 30 anos, médico, que ia se casar me disse: “Ela – a noiva – tem que trabalhar assim como eu. Ela não é aleijada para eu sustentá-la”.

Você percebe que a relação entre o casal hoje pode funcionar como um carrossel que vai girando e as posições vão se alternando conforme a necessidade e a escolha? Não tem mais “coisa” só de homem ou só de mulher.

Ninguém perde o valor por ser flexível. Ser valorizado, respeitado e acima de tudo desejado no amor é possível para os dois desde que ambos estejam satisfeitos consigo mesmos e com o que são e não usando o outro como escada para ser sempre o astro do show.

Então, parabéns aos homens que não agem como meninos emburrados quando a atenção, o colo, o bolo maior não lhes é ofertado na hora em que queriam.

Parabéns aos que já conseguem ser parceiros de suas parceiras.

Se você não ficou na lista dos homens que já merecem a homenagem, acorde e aja. Quem sabe no ano que vem, uma semana depois do Dia da Mulher, você já esteja na lista dos homens que estão conseguindo. Conseguindo o quê mesmo? Serem homens novos em um novo tempo.

E, finalmente, não sem emoção, quero dizer: parabéns aos homens que, por serem fortes, conseguem ser ternos.

Este post tem um comentário

  1. Maria Helena

    Aacredito que falfou inclusão da imagem, o que é muito importante, pois uma imagem vale mais que mil palavras.

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